“Algumas pessoas possuem graduação, pós graduação e mestrado. Outras possuem a manha.”
Começamos nossa conversa de hoje refletindo sobre essa frase e sobre como ela nos ajuda no debate sobre criatividade.
É fato que cada pessoa nasce com um conjunto de unicidades que o diferencia das outras pessoas. Aquelas características que se acentuam e florescem ao longo do tempo e que o marcam como a pessoa que é diante do mundo. São essas características que compõem a mensagem que essa pessoa enviará ao mundo.
Existem pessoas que encontram em seu processo criativo um verdadeiro caminho para expressarem sua melhor e mais autêntica versão, e encontram na arte de explorar sua criatividade o chão que percorrerão ao longo da vida.
Da mesma forma que existem pessoas que encontram na lógica e em estradas mais sóbrias o caminho de sua versão mais autêntica.
E está tudo bem! A criatividade não se revela apenas no que se vê com expansividade.
Ela também percorre linhas mais tênues, mais sutis, mais suaves.
O erro está em pensar que porque a criatividade não se revela a você da mesma forma que se revela de forma expansiva ao outro, ela não existe ou não pode ser trabalhada e desenvolvida.
Inúmeros estudos apontam a criatividade como uma competência! Isso significa que ela pode ser trabalhada, desenvolvida, florescida e moldada de acordo com nossa prática.
Quanto mais a exercitamos, mais a dominamos e mais a expandimos.
Costumamos falar por aqui que processo criativo se faz vivendo.
Existimos em um mundo repleto de referências e pluralidade.
Nosso entorno nos entrega todos os dias ferramentas que nos ajudam a expandir nossa criatividade.
Cada qual com seu passo. Na sua velocidade e traçando esse caminho ao seu modo.
Mas como traçar esses passos?
Se a criatividade é um exercício diário, uma competência que pode ser desenvolvida, como de fato posso desenvolver?
Aqui vai algumas dicas pra você:
Explore outras rotas!
Sabe aquele caminho que você faz todos os dias automaticamente com o pensamento focado no destino final?
Troque a rota. Faça outro caminho, vire outras esquinas e ao invés de focar seu olhar só no ponto de chegada, observe os elementos ao longo do trajeto.
Vai ficar impressionado com a quantidade de cores, formatos, estilos e culturas diferentes que vai encontrar.
Não se preocupe tanto com o caminho, você vai chegar lá de qualquer forma.
Mergulhe em materiais audiovisuais!
Sabe aquele filme, série ou novela que você assiste só pela história?
Expanda o olhar. Comece a reparar nos cenários, fotografia, caracterização, diálogos e construção individual dos personagens.
A arte audiovisual é como assistir a vida acontecendo.
Então mergulhe na experiência por completo.
Tenha hobbies!
Leitura, escrita, pintura, dança, teatro, crochê, cerâmica.
Se coloque em movimento e se descubra nessas experiências.
Não foque em ser bom. Foque em aproveitar o momento sem nenhuma trava.
Exercite!
Todos esses pontos não são válidos sem o exercício de cada um de forma imersiva.
Vai de cabeça! Se for pra assistir algo, assista atento aos detalhes.
Se for experimentar um novo hobbie, vá sem pressionar suas habilidades, apenas se jogue na vivência.
Mas faça!
Criatividade se alimenta vivendo!
Deu pra perceber que “processo criativo” vai muito além de nascer criativo, né?
Então ao final dessa conversa, pense em todas as coisas que já quis fazer e deixou de lado com medo de não ser bom ou criativo o suficiente.
E volte lá e faça!
É assim que se cria.
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